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Integrantes do Pussy Riot são declaradas culpadas de vandalismo motivado por ódio religioso

 

Protesto a favor das integrandes do grupo realizado em frente ao tribunal de Moscou termina em prisões


REDAÇÃO ÉPOCA COM AGÊNCIA EFE


As três integrantes do grupo punk russo Pussy Riot, julgadas por cantar contra o presidente russo, Vladimir Putin, em uma catedral ortodoxa, foram declaradas culpadas de "vandalismo motivado por ódio religioso" nesta sexta-feira (17), de acordo com a sentença anunciada pela juíza Marina Syrova, cuja leitura foi transmitida ao vivo pela imprensa russa. Elas foram condenadas a dois anos de prisão.
Segundo a magistrada, que está sob proteção policial e não teve seu rosto divulgado, as integrantes do Pussy Riot cometeram "ações provocativas e humilhantes em um templo religioso, afetando um grande circulo de fiéis". Segundo a decisão judicial, as acusadas - Nadezhda Tolokonnikova, de 22 anos, Maria Alyokhina, de 24, e Yekaterina Samutsevich, de 30 -, cometeram uma "clara falta de respeito em direção aos frequentadores e sacerdotes do templo, humilharam e ofenderam profundamente os sentimentos e os referentes religiosos dos fiéis ortodoxos".
"Não se consideram culpadas, não se arrependem (...). Qualificam suas ações como uma expressão política de forma artística", disse a juíza.
A União Europeia (UE) considerou a condenação "desproporcional" e reivindicou à Rússia que revise a sentença."Estou muito decepcionada com o veredicto", disse em comunicado a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, afirmando que o resultado vai "contra as obrigações internacionais da Rússia no que se refere à liberdade de expressão", lembrando também das supostas irregularidades durante o julgamento.

O grupo feminista Pussy Riot se tornou conhecido em toda Rússia no último dia 21 de fevereiro, quando cinco de suas integrantes entraram encapuzadas em uma área restrita do altar da catedral de Cristo Redentor em Moscou, o principal templo ortodoxo do país. No local, as integrantes se despiram e cantaram músicas de repúdio ao presidente Vladimir Puttin. "Maria Mãe de Deus, leve Putin", dizia a canção, que acusava o patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Kirill, de acreditar no Presidente da Rússia e não em Deus.

Três das integrantes do grupo envolvidas na ação foram presas alguns dias depois: as outras duas participantes da ação não foram identificadas. Uma das acusadas, Yekaterina, declarou que se tivessem cantado "Madre de Dios, protege a Putin" não teriam sido processadas.

Manifestação termina em prisões

Vários manifestantes foram presos nesta sexta-feira em frente ao tribunal de Moscou onde as integrantes do Pussy Riot foram declaradas culpadas pela juíza Marina Syrova. Os presos, entre eles o coordenador da opositora Frente de Esquerda, Sergei Udaltsov, exigiam a libertação de Nadezhda Tolokonnikova, Maria Alyokhina, e Yekaterina Samutsevich.
Centenas de pessoas se concentraram nas imediações do tribunal, situado no distrito Jamovniki, para pressionar as autoridades, enquanto a polícia, que contava com um considerável desdobramento de soldados antidistúrbios, cercava os manifestantes para evitar possíveis conflitos. Apesar da pressão por parte da opinião publica, as integrantes da banda foram consideradas culpadas.
As acusadas alegam que se trata de uma perseguição política. Segundo as próprias integrantes, se elas tivessem cantado músicas a favor do presidente não estariam diante de um tribunal. A anistia Internacional e várias organizações russas de defesa dos direitos humanos também consideram que as integrantes do grupo punk russo são presas políticas.


  Fonte:http://revistaepoca.globo.com/Mundo/noticia/2012/08/integrantes-do-pussy-riot-sao-declaradas-culpadas-de-vandalismo-motivado-por-odio-religioso.html

Acesso  17/08/12
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