Cardeal Raymundo Damasceno Assis, presidente da CNBB. |
Na última quarta-feira a senadora Marta Suplicy chegou a dizer que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) havia aprovado o novo texto do Projeto de Lei 122/2006 que criminaliza toda opinião contrária ao homossexualismo. Mas nesta quinta, 8, a instituição ligada à Igreja Católica desmentiu a senadora e assegurou que não fez nenhum acordo para aprovar tal projeto.
“A presidência da CNBB não fez acordo com a senadora, conforme noticiou parte da Imprensa”, diz nota divulgada pela entidade.
O novo texto elaborado por Marta tenta mudar a opinião dos religiosos ao incluir um artigo dizendo que a pena “não se aplica à manifestação pacífica de pensamento decorrente da fé e da moral fundada na liberdade de consciência, de crença e de religião”.
Na carta da CNBB o que Marta divulgou como “apoio” foi na verdade um debate, troca de ideias. “A CNBB fez observações, deu sugestões e se comprometeu com a senadora a continuar acompanhando o desenrolar da discussão sobre o projeto”.
Discussão durante o debate
A manhã desta quinta-feira foi bastante tumultuada em Brasília, pois estava previsto a votação do PL 122/2006. A senadora Marta Suplicy (PT-SP) resolveu adiar a votação para conseguir mais votos, enquanto isso a bancada evangélica pressionava para impedir que o texto fosse aprovado.
No final da sessão, durante uma coletiva de imprensa, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), Marta Suplicy e a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) trocaram xingamentos e ofensas mútuas. Bolsonaro é contra a todos os projetos lançados pelos ativistas homossexuais, já a senadora do Psol acredita que ele está sendo homofóbico e precisa ser preso.
Sobre a polêmica criada, Marta tenta explicar seu ponto de vista. “Esse projeto tem a ver com tolerância, respeito e cidadania, vai ajudar a diminuir a violência contra homossexuais”, disse a senadora que desarquivou o projeto e assumiu como relatora.
Com informações IG 08/12/11
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