Egípcio senta entre caixões de 24 cristãos que foram mortos durante a noite em confronto com seguranças egípcios, no Cairo
Por Dina Zayed e Patrick Werr
CAIRO (Reuters) - Dezenove pessoas morreram no Cairo, no domingo, depois que cristãos carregando cruzes e fotos de Jesus entraram em confronto com policiais, disseram fontes médicas e das forças de segurança, no mais recente embate sectário em um país que vive uma desordem política.
Cristãos, protestando contra o ataque a uma igreja, jogaram pedras, coquetéis molotov e atearam fogo em carros, enquanto a fumaça envolvia as ruas em algumas das mais violentas cenas desde a queda do ex-presidente Hosni Mubarak, em fevereiro.
Centenas de pessoas de ambos os lados lutavam com paus em uma ponte no Cairo. Mais tarde, os protestos se espalharam até a praça central Tahir, que foi o ponto central do levante de fevereiro. Testemunhas disseram que o Exército tinha ido para o local.
A TV estatal e algumas fontes disseram que 150 pessoas ficaram feridas, sem dizer quantas eram manifestantes. A TV havia dito anteriormente que três dos mortos eram soldados.
Fontes médicas e das forças de segurança disseram à Reuters que pelo menos 19 pessoas foram mortas.
As tensões entre cristãos e muçulmanos aumentaram desde o levante de fevereiro.
A mais recente situação de violência acontece um pouco antes de uma eleição parlamentar, no dia 28 de novembro, que será a primeira eleição desde que Mubarak foi derrubado.
Os cristãos, que compõem cerca de dez por cento da população de 80 milhões de habitantes do Egito, tomaram as ruas depois de culpar os radicais muçulmanos pela destruição parcial de uma igreja na província de Aswan, na semana passada.
Eles também exigiam a demissão do governador da província, por não ter protegido a igreja.
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