Após denúncia feita pela Frente Parlamentar Evangélica, o Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) mandou instaurar processo administrativo
contra a desembargadora do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL),
Elisabeth Carvalho Nascimento, sob a acusação de discriminação,
preconceito e incitação ao ódio contra o povo evangélico.
De acordo com o jornal Extra Alagoas, os crimes teriam acontecido
durante o julgamento do processo que pretendia cassar o mandato do
deputado João Henrique Caldas por abuso de poder religioso com apoio da
Igreja Internacional da Graça de Deus.
A Reclamação Disciplinar feita pela bancada evangélica no Congresso
Nacional afirma que, ao proferir seu voto pela cassação do deputado, a
desembargadora teria tratado a fé evangélica com deboche e escárnio,
chamando os líderes evangélicos de fraudadores, corruptos e caloteiros.
“Igreja Evangélica, quando não recebe em óculos, em anel, em nisso e
aquilo… recebe em “cash”, recebe em espécie. Tão acostumados a enganar
as pessoas, que por carência disso e daquilo, correm para os templos,
dão tudo que tem a eles… e eles com aquela conversa enganam a eles… Por
isso é uma coisa tão absurda que merecia um apuramento policial, por
isso merece cadeia. RR Soares, por isso aqui, por tentar fraudar a
administração pública, merece cadeia”, teria afirmado a magistrada.
Segundo a denúncia, a desembargadora afirmou que o deputado João Caldas
pagou para participar dos cultos da Igreja Internacional da Graça, e
insinuou que “as celebrações do povo evangélico só acontecem sob
negociatas, transações, acordos ou contratos envolvendo a compra e venda
de bênçãos”. A representação contra a desembargadora foi assinada por
71 deputados federais evangélicos e católicos.
Fonte: Extra 13/08/13
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