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Facebook está lançando novo programa de “anonimato”. Cristãos devem ser anônimos?




O Facebook vem tentando há muito ser o lugar onde, acima de todos os demais, você tenta ser você mesmo. 
Em breve, a empresa vai permitir que o usuário seja ele mesmo, mas usando um nome diferente.




A rede está trabalhando em um aplicativo para celulares separado que permite interação dentro dele sem ter de usar um nome verdadeiro, segundo duas pessoas que foram apresentadas aos planos do Facebook e que falaram sob condição de anonimato por não poder discutir publicamente o projeto.
O app, que deve ser lançado nas próximas semanas, revela uma abordagem de identidade diferente e experimental da que a empresa vem empregando. O Facebook vem alardeando seu site como uma maneira de criar uma reputação on-line e para mapear as conexões que você tem com amigos e família –sejam elas virtuais ou presenciais.

“Antes de qualquer coisa, é parte daquilo que tornou o Facebook especial”, escreveu Chris Cox, gerente-chefe de produtos do Facebook, em uma recente postagem sobre as questões de identidade na rede social. “Diferenciamo-nos dos demais serviços na internet, nos quais pseudônimos, anônimos e nomes aleatórios eram a regra.”

Esse ainda é o “approach” no site principal do Facebook, que tem mais de 1 bilhão de contas cadastradas. Mas o novo app é prova de que a companhia está decidida a explorar alternativas.

O projeto está sendo liderado por Josh Miller, um gerente de produto no Facebook que foi contratado pela empresa quando da aquisição da Branch, sua start-up, que focava em produtos que incentivam grupos on-line menores e com foco mais restrito. Miller e o resto de sua equipe vêm trabalhando no produto em suas diferentes versões durante o último ano, segundo as pessoas apresentadas aos planos.

O objetivo, segundo elas, é permitir que usuários do Facebook usem múltiplos pseudônimos para discutir abertamente coisas diferentes sobre as quais falam na internet; tópicos de debate sobre os quais não se sentem confortáveis para associar a seus nomes verdadeiros.
Um porta-voz do Facebook disse que a companhia não comenta sobre rumor ou especulação. Miller tampouco respondeu a um pedido de comentário por e-mail. Há muitos fatores desconhecidos: como o novo aplicativo vai interagir (se o fizer) com a rede principal do Facebook; se permitirá compartilhamento anônimo de imagens; ou como as conexões já existentes valerão no novo serviço.

Conversas on-line anônimas sempre foram parte de outros sites na web. Reddit, uma enorme comunidade on-line, permite que todos os usuários façam “log-in” com pseudônimos. Outros fóruns de discussão também deixam que se use qualquer nome. O Secret e o Whisper, produtos de duas start-ups que não requerem nomes, viram um rápido crescimento no uso justamente por causa disso.

O Facebook –e, em particular, Mark Zuckberberg, presidente-executivo– reconheceu a utilidade de oferecer o anonimato aos usuários. Neste ano, o executivo e cofundador disse que permitirá aos desenvolvedores incorporar a capacidade de “log-in” anônimo em outros apps.

Eventos recentes provaram que o Facebook sofre ao lidar com questões de identidade: depois de semanas de protesto, o Facebook disse na semana passada que permitirá o uso de novos nomes, não registrados em cartório, adotados por membros da comunidade LGBT. No comunicado, Cox disse que a empresa fará ajustes à sua política de nomes verdadeiros no futuro, mas não detalhou como.

É possível que esse novo app seja útil para discussões sobre saúde, segundo as pessoas apresentadas ao projeto. A Reuters falou sobre a capacidade na semana passada. Mas o serviço será provavelmente útil também fora desse tema, segundo as fontes, e tem mais a ver com outros contextos nos quais não usar o nome verdadeiro pode ser benéfico.

Não está claro como o Facebook protegerá os usuários de “spam” ou “bullying” que possam habitar o serviço. Pela última década, a empresa usou sua política de nome verdadeiro em parte para proibir abuso e poluição.
“As histórias de fraude, ‘trolling’, abuso doméstico e altas taxas de ‘bullying’ e intolerância são frequentemente resultado de pessoas que se escondem sob nomes falsos, e isso é ao mesmo tempo aterrorizante e triste”, escreveu Cox no comunicado da semana passada.


(Fonte: New York Times)  16/10/14

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