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Sete coisas que aprendi com a derrota do Brasil

Davi Luiz e Tiago Silva após derrota no  Mineirão


Por Samuel Torralbo

Partindo dos 7×1 sofridos pelo Brasil contra a seleção da Alemanha na semifinal da copa do mundo de 2014, quero pontuar sete coisas que aprendi com essa derrota humilhante e vexatória que entrará para a história.

1 – Uma história vitoriosa não garante vitória no presente – A história do futebol brasileiro é incomparável, com 5 títulos mundiais, tendo jogadores históricos encontramos Pelé, Zico, Garrincha, Romário, Ronaldo, etc. Mas isso não é garantia de sucesso no presente. De modo que, a história é importante, porém imprescindível é como lidamos com o presente.

2 – O jeitinho brasileiro é uma maldição – Nota-se que mais uma vez o futebol foi cercado pela mística do jeitinho brasileiro (o Brasil não jogou bem a copa inteira, e pensávamos que passaríamos a Alemanha como das outras vezes). Infelizmente, no inconsciente coletivo da nação brasileira o jeitinho é uma marca maldita, que funciona como um viciado em jogos de azar, que ganha uma vez, e perde dez, mas fica sempre contando sobre a única vez que ganhou, sem perceber que já perdeu tudo. É verdade que o jeitinho as vezes funciona, porém se comparado com as vezes que não funciona, notar-se-á que é um grande sistema de engano e atraso.

3 – Renovação é imprescindível na vida – O que se percebeu ontem é o que muitos já vinham falando – uma seleção ultrapassada e desatualizada. Um dos motivos que leva a desatualização e logo ao insucesso é o orgulho de achar que não precisa se atualizar, o que implica em buscar novas ajudas, conhecer novos caminhos, escutar e aprender com os outros, porém o orgulhoso não tem humildade para isso, ele fica polindo troféus antigos enquanto que o mundo segue caminhando.

4 – Talento depende de planejamento – Foi-se o tempo em que um craque ganhava sozinho um campeonato (ele pode ganhar um jogo, mas o campeonato é impossível), no mundo pós moderno os novos termos definem o novo cenário – “rede”, “global”, “parceria”, e para a viabilização deste novo modelo de relacionamento o planejamento é algo singular no processo. Infelizmente, o brasileiro tem muito talento, mas precisa aprender muito sobre planejamento.

5 – Nem só de emoção se constroem resultados – O brasileiro é conhecido como um povo do coração e menos da razão. Isto tem seus benefícios como também seus prejuízos. Certamente, o melhor caminho é o da moderação, não basta emoção, paixão, vontade, é necessário também o preparo, o equilíbrio, as ponderações e sobretudo a humildade.

6 – Meu mundo nem sempre é tão perfeito assim – Quando ouvíamos os técnicos e os jogadores falarem sobre a seleção brasileira a sensação que tínhamos é que o mundo deles estava perfeitamente seguro, porém o que se percebeu com o resultado diante da Alemanha é que nem sempre a impressão pessoal sobre si mesmo, reflete o que de fato é, necessitando outra vez de humildade para um auto conhecimento que poderá então produzir resultados com sucesso.

7 – Aprendendo com os fracassos – A derrota de fato pode produzir um novo caminho de aprendizado e restauração. Porém sempre será um caminho de muito trabalho, disciplina e humildade. Ninguém aprende nada com a derrota apenas filosofando, ou criando enciclopédias sobre a tragédia. Aprende-se, com as tragédias quando a alma de fato se desperta, existindo um novo posicionamento de conduta e caráter. Daqui a quatro anos de fato veremos se a seleção como também todos nós (no caminho da vida) aprendemos com essa derrota histórica no futebol, ou se ficamos apenas no blábláblá..




Fonte: Infogoespel 09/07/14
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