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Promotoria acusa Testemunhas de Jeová de discriminação


O Ministério Público Federal no Ceará entrou com ação civil pública para impedir a igreja Testemunhas de Jeová de praticar suposta discriminação contra "ex-fiéis".

A ação, protocolada na última semana, foi motivada por representação do servidor público Sebastião Oliveira, 53, que foi expulso da religião. Depois disso, ele diz que passou a ser rejeitado por outros fieis por orientação da igreja.

O objetivo da prática, de acordo com a procuradora Nilce Rodrigues, é fazer com que o "ex-fiel" "caia em si e retorne a [religião de] Jeová".

Oliveira diz que foi expulso após escrever artigos em jornais sobre suas crenças. A orientação da religião é que apenas representantes oficiais se manifestem publicamente sobre a doutrina, conforme a Procuradoria.

Oliveira diz que perdeu seus amigos, pois a religião exige que um fiel só tenha relações com quem tem a mesma crença.

Ainda segundo o ex-fiel, colegas de trabalho "viraram a cara" e ele passou a andar só de carro pelo bairro para evitar a humilhação de ser ignorado por vizinhos. Nem com a irmã, que é da religião, conversa mais.

Segundo a procuradora, investigação comprovou que publicações da religião incentivam a discriminação contra ex-fieis e outras testemunhas confirmaram a orientação.

Rodrigues diz que a prática é discriminatória e que ninguém pode exercer pressão para manter "alguém filiado a uma entidade religiosa".

A ação, contra a Associação Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, que representa as Testemunhas de Jeová no Brasil, e a Associação Bíblica e Cultural de Fortaleza, representante no Estado, pede pena de pagamento de multa de R$ 10 mil por cada ato de discriminação identificado.

Foi pedido que a igreja não divulgue mais orientações sobre a forma de tratar "ex-fiéis" com discriminação.
Por meio de seu porta-voz, Walter Freoa, a igreja Testemunhas de Jeová afirmou que não se manifestaria.

  Olha o vídeo aí gente!

 Fonte: Folhaonline 29/07/11

 

Justiça autoriza transfusão em testemunha de Jeová 

Juiz da 2ª Vara Cível de Rio Preto autoriza, por meio de liminar, equipe média do HB aplicar sangue em homem de 86 anos, que é testemunha de Jeová, mesmo sem aval do paciente e da família

Ademer Terradas Agência bom dia

Jefferson Liebana, ancião de Salão de Testemunhas de Jeová que funciona no bairro Boa Vista. Ele defende que vontade da família seja respeitada em casos onde os médicos decidem pela transfusão

O Hospital de Base de Rio Preto conseguiu na Justiça liminar que autoriza equipe médica a realizar transfusão de sangue em um paciente de 86 anos que é Testemunha de Jeová. 

A liminar foi concedida pelo juiz da 2ª Vara Cível de Rio Preto, Paulo Marques Vieira. No despacho, o juiz determina que “se faça a transfusão, mesmo havendo discordância dele ou  de seus familiares”.

De acordo com a doutrina seguida pelas Testemunhas de Jeová, a lei de Deus proíbe que o fiel receba sangue de outras pessoas, sob pena de perder a salvação do seu espírito. 

Em nota, o Hospital de Base informou nesta quarta-feira (02) que o paciente, que  está internado na UTI, sofreu uma hemorragia no estômago e precisa da  transfusão.  O paciente está em tratamento há 40 anos por causa de uma úlcera e sofre de problemas cardíacos.

Segundo informou um representante das Testemunhas de Jeová em Rio Preto, o paciente foi operado no mês passado para conter a hemorragia e seu caso teria se agravado por causa de uma infecção hospitalar.
“A família e o paciente manifestaram, desde a primeira internação, que não querem a realização da transfusão. 

Por isso, a cirurgia foi feita sem reposição de sangue”, afirma Jefferson Liebana, ancião das Testemunhas de Jeová do salão [igreja] do bairro Boa Vista. Jefferson é membro da Colh  (Comissão de Ligação com Hospitais), grupo das Testemunhas de Jeová que acompanha casos como esse.

No pedido enviado à Justiça, o HB informou que a transfusão é o único procedimento possível para salvar a vida do paciente. Duas filhas do aposentado, que é de José Bonifácio, se revezam como acompanhantes do pai para evitar que o procedimento seja realizado. 

“Desde o início, as filhas  pediram para o  médico iniciar  tratamento com eritropoetina [leia quadro ], mas  eles se negaram’, diz Jefferson

O HB informou nesta quarta-feira (02) que, mesmo com o aval da Justiça, o procedimento ainda não foi realizado porque “a equipe está estudando detalhes do caso”.

Outras religiões aceitam o procedimentoCatólicos, evangélicos e espíritas se dizem a favor de procedimento para salvar vidas; Testemunhas de Jeová falam em tratamentos alternativos

As Testemunhas de Jeová são a única denominação cristã, entre as mais tradicionais, que condena a transfusão de sangue.

Na região de Rio Preto, são pelo menos três mil testemunhas de Jeová praticantes.

Para acompanhar casos como o do aposentado internado na UTI do Hospital de Base, membros da religião criaram a Colh (Comissão de Ligação com os Hospitais).

Integrantes da comissão visitam hospitais em todo o país, expondo a posição dos fiéis e cadastrando cirugiões que operam pacientes sem reposição de sangue.

“Existe uma lista sigilosa que nós oferecemos aos fiéis. Quando o médico se recusa a operar sem transfusão, nós fornecemos os contatos dos que fazem”, afirma Jefferson Liebana que é ancião [sacerdote] e membro da Colh.

Segundo ele, muitos métodos para evitar a transfusão de sangue já foram desenvolvidos para atender a Testemunhas de Jeová, como a hemodiluisão.

Nesse processo, o paciente recebe grande quantidade de soro para dissolver o sangue e, assim, perder menos plaquetas durante cirurgias.

“Não queremos nos tornar mártires, nem somos suicídas, apenas temos a convicção de obedecer às leis de Deus”, argumenta Jefferson.

Outras religiões / Enquanto as Testemunhas de Jeová se recusam a receber sangue de outras pessoas, denominações  evangélicas e a Igreja Católica não veem problemas.

No ano passado, a Diocese de Rio Preto promoveu o “Dia Diocesano de Incentivo à Doação de Sangue”, realizado na Sexta-feira Santa.

“Não há nada na lei de Deus que proíba a pessoa de ajudar o próximo e doar sangue é um ato de caridade”, disse nesta quarta-feira (02) o bispo da Diocese de Rio Preto, dom Paulo Mendes Peixoto.

Quem também não vê problemas em receber transfusão de sangue é o superintendente da regional 2 da Igreja do Evangelho Quadrangular, Claudio de Oliveira.

“A Bíblia diz que a condenação está em consumir o sangue como alimento e não quando é usado em um tratamento” diz.

Para a advogada Sandra Zonari, 42, que é voluntária no Hospital Bezerra de Menezes e espírita kardecista, nenhum procedimento médico deve ser condenado pela fé.

“Todos os procedimentos médicos existentes para salvar a vida de uma pessoa devem ser usados. Não entendemos a transfusão como algo ruim para a espiritualidade”, afirma Sandra.

Outro casoEm março do ano passado, o Hospital Austa conseguiu na Justiça autorização para fazer transfusão de sangue em um recém-nascido de 14 dias que tinha dificuldades para respirar. O procedimento foi realizado contra a vontade da  família, que é Testemunha de Jeová.

FrequentesCasos como esses não são tão raros quanto se imagina. Em 2002, o Austa teve de procurar a Justiça para fazer transfusão de sangue em outro bebê cuja família também era Testemunha de Jeová. 

O caso do aposentado de José Bonifácio é o quarto em que o Hospital de Base precisou ir à Justiça para autorizar a transfusão.

Justiça autoriza transfusão em testemunha de Jeová 

 Fonte: www.redebomdia.com.br  03/03/11
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1 comentários:

Unknown disse...

Certo dia minha ex-esposa, começou a "estudar a Bíblia" com as Testemunhas de Jeová. Naquele dia começou o fim do casamento. Pior, levou meu filho com ela para essa "organização". Buscando o equilíbrio familiar frequentei algumas reuniões e conheci pessoas maravilhosas por lá. Mas são incautos, quando precisei fui ajudado por um 'irmão' de lá. Esse mesmo 'irmão' que tanta gente ajudou com trabalho voluntário nas casas dos outros membros da Ordem, foi desassociado e não podiam mais falar com ele, aquilo foi o fim do mundo para mim, como não tenho no meu DNA a covardia, escrachei todos lá dentro do tal "Salão do Reino". Disse em voz alta, que ele, meu amigo, era mais que um irmão, e que eles eram um bando de ingratos e imbecis. Meu filho tem hoje 17 anos, nunca foi à uma festa de Aniversário, Natal, não comemora absolutamente NADA ! Só peço à DEUS ( seja qual o nome lhe convenha invocar) que um dia meu filho não precise de transfusão de sangue, porque, nesse caso, o chicote vai estralar se um desses imbecis atravessarem meu caminho !

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