Este upgrade de cristianismo também acabou por transformar a vida cristã numa espécie de ritual que o fiel procura praticar para conquistar as bênçãos de Deus ou mesmo para evitar o seu castigo
Assim como já se fez um upgrade de Deus para a versão 2.0, é possível observar que, ao longo do tempo, tem surgido uma nova versão do que seja um cristão.
O que torna alguém cristão? Hoje ser cristão acabou se reduzindo a “ir à igreja”, mas me pergunto “Se Cristo morreu por sua igreja, nesta perspectiva ele morreu por tijolos, madeira e equipamento eletrônico?”. Nós não somos a igreja? Igreja passou a ser um local, não mais gente salva pelo precioso sangue de Jesus Cristo. “Ir à igreja” passou a ser um ritual, se for, é abençoado, se não for, é castigado. Desse mesmo modo, ser cristão tem sido trabalhar na igreja. Quanto mais trabalho, mais sou abençoado, mais cresço na vida cristã.
Mas também se tem reduzido o ser cristão a ir aos cultos, ter certa crença ou ideologia, contribuir financeiramente, em especial para ser recompensado por Deus numa espécie de relação mercantil.
Por outro lado, este upgrade de cristianismo também acabou por transformar a vida cristã numa espécie de ritual que o fiel procura praticar para conquistar as bênçãos de Deus ou mesmo para evitar o seu castigo. Assim, participar de eventos ou de cultos, ter um tempo diário para ler certo número de capítulos da Bíblia, orar a Deus, seria uma espécie de mandinga para ganhar o favor de Deus ou para evitar ter pesadelos à noite ou nas finanças pessoais.
Ao longo do tempo fomos lançando versões beta deste tipo de cristianismo e incutindo na mente do cristão que ele poderia, com seus próprios esforços, agradar a Deus vivendo um cristianismo de obras e numa relação de trocas. É a herança pragmática norte-americana que conseguiu reduzir cristianismo em trabalho, deixando de lado a sua essência, mas também a teologia da graça que indica que nossas obras não apenas não servem para nos salvar, como também, sendo imperfeitas (Isaías 64.6) não conseguem atingir os elevados ideais de Deus.
Precisamos reconquistar a perspectiva bíblica em nossa concepção de cristianismo de modo que ser membro da igreja, trabalhar, contribuir financeiramente para a igreja, ir aos cultos, sejam fruto de uma vida íntima aos pés do Senhor e não agente produtivo desta vida. Talvez por isso seja possível notar certo grau de carnalidade na vida eclesiástica. Ler a Bíblia, orar, sejam fruto de insaciável sede de comunhão com Deus. Participar no culto público seja produto de uma vida diária de adoração no altar de Deus.
Que o sentido mercantilista seja substituído pelo ato de dar deliberadamente com alegria, sem restrições de porcentagem, pois afinal, ser cristão é negar-se a si mesmo e devolver tudo a Deus, a quem pertencemos. É reconhecer nossas imperfeições e nos sentimos agasalhados pela sua graça, nos entregando a ele como seus instrumentos, canais de seu poder, de seus atributos.
Nada mais do que sermos meros cristãos versão 1.0.
O que torna alguém cristão? Hoje ser cristão acabou se reduzindo a “ir à igreja”, mas me pergunto “Se Cristo morreu por sua igreja, nesta perspectiva ele morreu por tijolos, madeira e equipamento eletrônico?”. Nós não somos a igreja? Igreja passou a ser um local, não mais gente salva pelo precioso sangue de Jesus Cristo. “Ir à igreja” passou a ser um ritual, se for, é abençoado, se não for, é castigado. Desse mesmo modo, ser cristão tem sido trabalhar na igreja. Quanto mais trabalho, mais sou abençoado, mais cresço na vida cristã.
Mas também se tem reduzido o ser cristão a ir aos cultos, ter certa crença ou ideologia, contribuir financeiramente, em especial para ser recompensado por Deus numa espécie de relação mercantil.
Por outro lado, este upgrade de cristianismo também acabou por transformar a vida cristã numa espécie de ritual que o fiel procura praticar para conquistar as bênçãos de Deus ou mesmo para evitar o seu castigo. Assim, participar de eventos ou de cultos, ter um tempo diário para ler certo número de capítulos da Bíblia, orar a Deus, seria uma espécie de mandinga para ganhar o favor de Deus ou para evitar ter pesadelos à noite ou nas finanças pessoais.
Ao longo do tempo fomos lançando versões beta deste tipo de cristianismo e incutindo na mente do cristão que ele poderia, com seus próprios esforços, agradar a Deus vivendo um cristianismo de obras e numa relação de trocas. É a herança pragmática norte-americana que conseguiu reduzir cristianismo em trabalho, deixando de lado a sua essência, mas também a teologia da graça que indica que nossas obras não apenas não servem para nos salvar, como também, sendo imperfeitas (Isaías 64.6) não conseguem atingir os elevados ideais de Deus.
Precisamos reconquistar a perspectiva bíblica em nossa concepção de cristianismo de modo que ser membro da igreja, trabalhar, contribuir financeiramente para a igreja, ir aos cultos, sejam fruto de uma vida íntima aos pés do Senhor e não agente produtivo desta vida. Talvez por isso seja possível notar certo grau de carnalidade na vida eclesiástica. Ler a Bíblia, orar, sejam fruto de insaciável sede de comunhão com Deus. Participar no culto público seja produto de uma vida diária de adoração no altar de Deus.
Que o sentido mercantilista seja substituído pelo ato de dar deliberadamente com alegria, sem restrições de porcentagem, pois afinal, ser cristão é negar-se a si mesmo e devolver tudo a Deus, a quem pertencemos. É reconhecer nossas imperfeições e nos sentimos agasalhados pela sua graça, nos entregando a ele como seus instrumentos, canais de seu poder, de seus atributos.
Nada mais do que sermos meros cristãos versão 1.0.
Lourenço Stelio Rega
é teologo, educador e escritor.
é teologo, educador e escritor.
Fonte: www.eclesia.com.br/revistadet1.asp?cod_artigos=1089
1 comentários:
Ja estamos seguindo meu amigo!!!
Um abraço!
Blog Emunah
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