Papa aceita renúncia de bispo acusado de encobrir pedofilia
É o segundo religioso da alta hierarquia da igreja na Irlanda a deixar o cargo por causa do escândalo de abuso sexual contra crianças.
John Magee, bispo irlandês envolvido em casos de pedofilia, implorou o perdão de todas que foram vítimas de abusos sexuais cometidos por membros do clero da diocese de Cloyne, ao sul da Irlanda, via comunicado emitido nesta quarta-feira, dia 24. Mage teve a renúncia ao posto eclesiástico aceita pelo Papa Bento XVI.
"Antes de ir, quero oferecer novamente minhas mais sinceras desculpas a qualquer pessoa que tenha sofrido abusos por parte de qualquer sacerdote da diocese de Cloyne enquanto fui bispo ou em qualquer outro momento", afirma Magee em um comunicado. "Aos que decepcionei de alguma maneira, ou aos que qualquer omissão minha tenha feito sofrer, imploro seu perdão", completou.
O comunicado foi divulgado depois que o Vaticano anunciou que Bento XVI acatou a renúncia de Magee, apresentada em 9 de março. "O Santo Padre aceitou a renúncia ao governo pastoral da diocese de Cloyne apresentada pelo monsenhor John Magee, de acordo com o artigo 401, parágrafo dois, do código de direito canônico", afirma uma nota oficial. O artigo em questão trata das demissões apresentadas por "razões graves", não especificadas, e outras vinculadas à idade de 75 anos.
O monsenhor Magee, de 73 anos, que foi secretário particular dos Papas Paulo VI, João Paulo I e João Paulo II, esteve envolvido em um escândalo de abusos sexuais com crianças na Irlanda, de acordo com um relatório elaborado em 2008 pelas autoridades eclesiásticas irlandesas. O informe, que aborda, entre outros, os casos de dois padres de Cloyne acusados de abusos sexuais contra crianças, considera que as medidas de proteção dos jovens eram "inadaptadas e em alguns aspectos perigosas".
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