Documentos obtidos pelo autor de "Padre Cícero: Poder, Fé e Guerra no Sertão" nos arquivos do Vaticano mostram que a Igreja Católica deu a largada para criar um santo brasileiro, com a intenção de conter a ofensiva evangélica no país, o que pode
abrir terreno para uma nova era de exploração política e comercial da religião no Nordeste.
Padre oferece comunhão a uma beata e hóstia vira sangue |
Em podcast, o autor Lira Neto conta que o papa Bento 16 abriu o processo de reabilitação do padre, que morreu proibido de batizar, casar, celebrar missa, ouvir confissões, entre outras tarefas sacerdotais.
Ele cita os passos do processo de reabilitação rumo a uma canonização. O primeiro passo é a anistia, em que o padre será absolvido das acusações de forjar milagres. Depois, avança para uma beatificação até ser saudado como santo, em um processo que pode durar décadas, mas que pode ser acelerado devido aos planos do Vaticano de evitar uma perda mais acentuada de devotos para as igrejas neopentecostais.
O biógrafo diz que já surgem sinais mais claros da reabilitação, como a elevação da igreja construída por Cícero em Juazeiro do Norte (CE) à condição de basílica, bem como a instalação de um vitral ao lado dos santos católicos na capela em que o corpo do padre está enterrado.
Ele diz que existe uma mercatilização da fé usando a imagem de Cícero, mas também lembra o aspecto social e transgressor da questão: cerca de 2,5 milhões de devotas já consideram um santo o "padim Ciço", como dizem, na contramão das ordens da cúpula católica.
"É uma fé insubmissa, indomável, que não se enquadra nos rituais oficiais da igreja", afirma o biógrafo.
Fonte: Folha Online por Sério Ripado 12/11/2009
2 comentários:
É os neopentecostais estão dando trabalho de um jeito ou de outro.
o padim ciço foi 1 grande pulha... isto sim!! 1 explorador da piuor especie do povão de sua terra.. amigo dos coroneis
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